Your Nav Bar Here

28.8.11

Blá, blá, blá...

Não é como se eu fosse uma faladora compulsiva, mas admito que às vezes nem percebo que estou falando sem parar. É preciso fôlego, isso eu posso garantir.

A verdade é que eu acho que todos nós temos manias e eu - como todo mundo - possuo a mania de falar demais. Isso sempre foi um problema que eu tenho que lidar até hoje. 

Quando eu era criança, vivia sendo recriminada na escola por nunca saber me calar. Falava, falava e falava, deixando todos os meus amados e não amados professores loucos da vida com essa minha incontrolável mania. Teve uma época em que eu fazia apenas para provocá-los, mas então percebi que eu tinha mesmo um problema.

Eu sempre fui inquieta, ativa e um pouco impulsiva. E as pessoas parecem vir sempre com aquela conversa de que isso não é algo bom. Mas vou te dizer uma coisa, eu gosto de ser assim. Pessoas paradas e sem atitude são tão chatas e sem graça. A vida precisa de atitude, certo? Bem, eu ainda estou tentando descobrir se é isso mesmo.

Sempre tive a ideia de que é preciso dizer tudo aquilo que estamos sentindo e pensando, mas com todo o cuidado do mundo. Como sou uma pessoa que fala demais, tive que me obrigar a aprender que nem tudo precisa ser dito e que os gestos, às vezes, são mais importantes do que as palavras. 

Com alguns acontecimentos em minha vida, eu comecei a apreciar o silêncio e a observar mais as coisas e as pessoas que estavam em minha volta.
Então, assim como adorava ser assim agitada, também comecei a adorar ser calma. Acho mesmo que somos um pouquinho de cada, sabe? 

Por isso, quando não estou no clima de agitação e resolvo ficar no meu cantinho quietinha, as pessoas começam a pensar que estou com algum problema ou doente. O que é verdade na maioria das vezes.

"O que você tem? Essa não é a Yasmin que eu conheço."

Pois é. A gente pensa que os outros não reparam em nós, mas estamos completamente enganados. As pessoas reparam. E como reparam, viu?
Acreditem ou não, mesmo falando sem parar, eu sempre tive uma certa dificuldade em me expressar. Não é fácil explicar para as pessoas como nos sentimos ou como as coisas poderiam/devem ser. 

Como sou aquela pessoa que não para de falar, isso chega a incomodar os outros, e admito que isso me incomoda também. Ou vocês acham que eu quero ser vista sempre como aquela garota que não sabe calar a boca?
Tenho que concordar com isso porque conheço pessoas que são assim também e isso me irrita, então sei muito bem o quanto posso ser irritante. É como aprender com o seu próprio erro. Defeito. Imperfeição. Sei lá como vocês preferem chamar.

Mas chega de enrolação, o que eu realmente quero dizer é que mesmo sendo como somos, precisamos nos aceitar e aprender a lidar com nós mesmos. Nossas "imperfeições" são aquilo que nos define, porque ninguém pode ser pefeito demais. Acho que somos perfeitos somente em nossas imperfeições. Se isso faz sentido eu já não sei, mas eu sou assim, lido com isso que sou e me aceito. Ponto. Fim de papo.

                                                                                              
                                                                                                                - Yasmin Back


17.8.11

Let it be.

Quer saber, menina? A vida tem essas limitações, esses arrastões e, com certeza, essas confusões. Não dá para saber se é de propósito, mas somos tão pretensiosos que achamos sempre que é algo pessoal com a gente.

Sabe menina, a gente vive metendo os pés pelas mãos, confundindo as coisas, trocando nomes, pensamentos, vivendo de fantasias e porquês. Não conseguimos evitar, viver na mesmice é inaceitável até para mim que costuma gostar das coisas como são. A gente fica querendo que o mundo acabe, com todo esse drama de que nada vale a pena, mas você sabe - sim, eu sei que sabe - as coisas são como tem que ser. Eu sei que é foda e eu sei que você deve estar sentindo algo parecido agora. 

Eu sei que você deve achar que o amor não é para o seu bico, menina. Mas ele é. O amor é para todos.
Não se pode negar, ninguém vive sem ele. E tudo bem, não é só você. Ninguém descobriu como controlá-lo e sabe por que? Ele é solto. E tudo que é solto não sabe viver preso e por isso, deve ser por isso, que o amor vive com todo tipo de gente. 

Nenhuma vida deve parar só por causa de uma dor. Não pode ser assim e se for, aprenda a encarar a merda com a cabeça erguida. No final do dia você pode chorar o quanto quiser, cruzar os braços, fazer greve de fome, o que for, não importa. Mas viva uma coisinha de cada vez. Um passo de cada vez.

Não é facíl passar os dias com essa agonia, mas é assim mesmo. No primeiro dia pode ser ruim, no segundo pode ser pior. No terceiro você vai achar que é o fim do mundo. E no quarto, você pede para morrer. Quando chega o quinto, as coisas mudam os ares. No sexto você se sente mais leve. Já no sétimo, você está pronta para enfrentar tudo de novo.

Viva, menina. Mas é para viver de verdade, essas coisas que você não sabe lidar só fazem parte dessa vida bagunçada. É preciso aprender que é na dor que o amor acontece. Sem hora marcada, sem intenção. Pra que essa pressa toda? Senta aqui e bebe um café, porque o tempo vai passar do mesmo jeito. E quando você se sentir pronta, menina, você vai. Vai lá ver o que te espera. Let it be.

                                                                                                                    Yasmin Back