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16.3.11

O que te faz feliz?

Certa pessoa uma vez me fez essa pergunta. Admito que na hora eu pensei responder da melhor maneira possível. Com palavras espertas, procurando coisas importantes que praticamente todas as pessoas diriam.
Não foi bem isso que aconteceu. Na verdade eu fiquei em silêncio por um tempinho, pois acabei repetindo a pergunta em minha mente.

“O que me faz feliz?”

Fiquei em silêncio absoluto procurando a melhor resposta. Eu não soube qual era, eu não sabia o que realmente me fazia feliz, mas sabia o que realmente me fazia bem - o que me fazia sorrir.
Percebi que não é uma pergunta fácil de responder, mas também não é tão difícil assim. Todos nós procuramos exemplos de felicidade quando na verdade não paramos para pensar que ela se encontra em coisas pequenas, quase imperceptíveis. Eu me dei conta disso, que talvez essas coisas que me faziam bem e eventualmente sorrir, era a minha humilde felicidade.

A pessoa que me fez essa pergunta, me fez entender que o grande erro das pessoas é procurar felicidade em coisas indistintas. Querendo dar uma resposta sábia ou algo assim.
O caminho que buscamos para felicidade é complicado, cheio de armadilhas perigosas, coberto por riscos que às vezes nos questionamos se vale a pena corrê-los. Somos sempre duas metades. Aquela decidida e a indecisa.
Muitas vezes a indecisa ganha, mas é por puro medo, isso eu posso garantir. Então, eu lhe faço a mesma pergunta, de maneira difrente...

“O que realmente te faz feliz?”

Sim, eu irei lhe dar todo o tempo do mundo para responder.
Não tenha pressa, eu posso esperar….

                                                                                                       - Yasmin Back

13.3.11

Ela roubava livros...

"Quando os livros e as palavras
haviam começado a significar não apenas
alguma coisa, mas tudo?
Ela não soube dizer exatamente de onde vinham as palavras.
O importante foi que chegaram até ela.
Desejava as palavras. Tinha fome de palavras."

4.3.11

Terrível crueldade.

Tentar é, na maior parte do tempo, a chave para conseguir.
Não sabemos se vale à pena, mas estamos sempre procurando respostas. Sobre tudo. E ainda podemos enxergar quando estamos perdendo a razão.

Pessoas iguais. Pessoas diferentes. Pessoas. Procurando uma saida, procurando um caminho, procurando motivos para algo mais ou menos assim. Tanto faz. Queremos fazer a diferença, de qualquer modo.

Talvez seja necessário o desapego, nos libertar de certos hábitos, de certos afetos, de certas lembranças, pois se desapegar talvez seja uma boa ideia, uma espécie de experiência.
Falando materialmente, temos praticamente nada. Falando emocionalmente, temos praticamente tudo. Temos o mundo e o grande problema talvez esteja por trás dessa coisa de sentir. Quando sentimos, as coisas parecem se tornar mais importantes do que aparentam ser. E então o desapego é mais difícil de ser estabelecido.

Esperamos sempre por algo, o que é agonizante quando nos consome, mas para não mostrarmos essa parte, começamos a fingir indiferênça. Um vazio estranho ou um tipo de abandono que não nos liberta de absolutamente nada. Um sorriso absurdamente impetuoso.
Somos repletos de sonhos e expectativas que nos assustam por dentro e o que nos prende à isso é uma linha tênue, tão frágil que pode ser rompida facilmente quando percebemos a realidade.
O que já sabemos que pode ser terrivelmente cruel para quem sente.

                                                               - Yasmin Back