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26.5.12

Ler e não ter a vergonha de ser feliz.

 Sim, eu mudei a letra da música, mas só porque ler e viver são quase que a mesma coisa para alguém como eu. E olha que nem sempre fui o tipo de garota que ia até a biblioteca da escola, por livre espontânea vontade, para escolher um livro. Confesso que fazem apenas cinco anos que despertei esse amor por eles e que também, depois disso, a tia responsável pelos livros na biblioteca relatou alguns desaparecimentos. 

E quem nunca roubou um livro da biblioteca da escola não sabe o que é viver perigosamente! Eu juro que pretendia devolver, mas o carinho por eles foi maior então eu assumo esse crime. Me prendam! 

Hoje em dia, me considero uma pessoa que entra em uma livraria e passa horas checando as prateleiras atrás do livro perfeito. Acho que sou capaz até de entrar em livrarias apenas pelo prazer de abraçar livros, mesmo sem a intensão de comprar. Acreditem, eu sou capaz de pagar esse mico.

Então, deixando de lado essa minha mania estranha e cafona, quero compartilhar com vocês um textinho muito fofo de Rosemary Urquico que descobri. Ele se chama "Date a girl who reads."  Que na tradução seria: Namore uma garota que lê.


  

Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais. Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.
Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.
Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criado pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que leem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro.
Compre para ela outra xícara de café.
Diga o que realmente pensa sobre o Murakami. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Ulisses de James Joyce, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gosta ou gostaria de ser a Alice.



É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Sexton Pound, cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa.
É que ela tem que arriscar, de alguma forma.
Minta. Se ela compreender sintaxe, vai perceber a sua necessidade de mentir. Por trás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. E isto nunca será o fim do mundo.
Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas  garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim. E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois.
Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que leem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Exceto as da série Crepúsculo.
Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto. Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a. Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até  porque, durante algum tempo, são mesmo.
Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype.
Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu [Cat in the Hat] e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das botas.
Namore uma garota que lê porque você merece. Merece uma garota que  pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe  monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê.
Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve. 


Encontrei o textinho aqui. E a tradução e adaptação é de Gabriela Ventura


2.5.12

There is no answer.




O ser humano é uma raça idiota. Sim, sem rodeios, desse jeito mesmo. Não tenho motivos para descordar, até porque eu venho há um bom tempo tentando entender o que nós pessoas queremos, fazemos ou estamos dispostos a fazer. Se a gente fala A, queremos B. Se falamos B, queremos C, mas nunca iremos querer D. Entendeu? Nem eu, porque essa palhaçada não faz sentido. Acho que nasci para ser assim, aborrecida e surtada com assuntos que grudaram na minha mente e não me largam um minuto.

Já teve a sensação de que você nunca iria parar de pensar em uma coisa ou pessoa? Carrego algo parecido, mas eu juro que não é por mal. Eu tenho essa tendência de querer respostas quando tenho muitas perguntas que, provavelmente, não são para serem respondidas. Algo me deixa inquieta quando ninguém pode respondê-las ou fica fazendo cu doce para não dizer a verdade. Joga a verdade na minha cara porque eu já disse que aguento a porrada quando é preciso tê-la! 

Eu não quero saber sobre o mistério da vida. Afinal, é um mistério. Que graça teria se eu descobrisse? Não quero saber de nada disso porque estou atrás de respostas simples que me pertencem e fariam uma diferença enorme me deixando mais tranquila. Me deixariam dormir sossegada, feliz e com menos culpa. Mas o ser humano é idiota, lembra? Prefere sofrer do que deixar pra lá coisas passadas que não são para serem lembradas. 

Essas perguntas sem respostas me deixam triste. Não exatamente com quem não quer respondê-las, mas eu sou teimosa demais para não culpar alguém. Às vezes, estranhamente, não existem culpados. Apenas uma porção de emoções quebradas que se espalham para todos os lados. Existem coisas que não precisamos saber, mas acredite, existem aquelas que precisamos sim e devemos fazer questão de cobrar uma explicação.

Não tenho nada. Nem uma resposta. Nem mesmo coisas banais. Só perguntas soltas que repito todo santo dia como se elas pudessem serem respondidas por conta própria. E a pior parte nisso tudo, é que não parece haver nada errado em não obter respostas, mas eu não me encaixo nessa parte porque eu preciso delas. Eu preciso de tranquilidade para aguentar o perrengue sem ficar matutando o tempo todo. É como se minha mente me obrigasse a rebobinar todos os motivos do mundo para encontrar a verdade escondida em palavras vazias que me deram uma resposta falsa quando perguntei em voz alta.

Posso procurar em todos os livros do mundo ou no santo Google, mesmo assim eu não terei a minha tão sonhada resposta para o que eu realmente quero saber. A duvida é a minha inimiga no momento. Além das tantas perguntas sem respostas que ninguém parece saber me responder, ela me fez criar mais uma da qual só eu posso respondê-la: Esquecer ou persistir?

Com essa pergunta, começo a achar que é mais fácil eu encontrar uma resposta sobre o mistério da vida.


- Yasmin Back

1.5.12

Aos fantasmas. ♥

Eu devia ter mais vergonha na cara e atualizar esse blog com mais frequência, mas digamos que eu estou com em um estado de espirito nada agradável, meus queridos e amados leitores fantasmas. 


Sim, fantasmas. Eu sei que algumas pessoas ainda param para ler os meus escritos, mas como eu recebo poucos comentários e não faço ideia da maioria que aparece por aqui, me acho no direito de chamá-los assim. Carinhosamente, é claro.


Há poucos dias um seguidor do meu twitter me mandou uma ask em meu tumblr perguntando se eu tinha interesse em fazer um blog no estilo lookdodia-tutoriaisdemaquiagem-comprinhas-e-blá-bá-blá. (Um beijo para a fofura anônima que me elogiou com tanto carinho.) Achei a pergunta interessante e respondi que já havia pensado em algo do tipo, mas como todo mundo sabe, não é o meu estilo.


Eu sou uma largada, para falar a verdade. Eu não vejo eu me dedicando à um blog dessa maneira, por isso criei esse daqui como uma espécie de confessionário onde eu posso expressar as minhas ideias e opiniões. É o meu espaço. Esse é o meu gênero. Não é o tempo inteiro que possuo motivos para escrever e confesso que a maioria das vezes a preguiça toma conta do meu ser. Mesmo eu sendo apaixonada pelas palavras, elas adoram tirar férias da minha cabecinha um tanto quanto pesada com pensamentos desgastantes. 


Me lembro de ter dito que queria mudar um pouco a cara do blog e isso é verdade. Quero compartilhar mais coisas com vocês, coisas que eu realmente gosto de fazer. Não tenho absolutamente nada contra os blogs que abordam o assunto "moda", pelo contrário, eu admiro quem tem um e consegue com muito esforço e criatividade dar conta de algo tão grande.


E quando falo de mudanças, é complicado descrevê-las. Não é nada tão radical, até porque mudanças são, às vezes, um tanto quanto incertas. O que eu posso dizer é que sempre estarei postando coisas minhas, coisas que eu gosto ou coisas que eu não gosto. Uma vez que esse espaço é meu e ele precisa ser baseado no que eu sou. 


Um beijo na testa de vocês, fantasmas.