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13.12.13

Do que reclamamos quando estamos felizes?

Não faz um ou dois dias que eu não apareço por aqui. Fazem meses, fazem quatro longos meses. Não quero me desculpar porque isso não faria a menor diferença para vocês, mas espero que entendam a partir do que irei dizer.

Venho já faz um tempo - talvez minha vida toda -  pensando em como eu sou capaz de enxergar as coisas como se fossem o fim do mundo. Eu demorei um tempo para perceber que eu era do tipo de pessoa que levava a vida a sério demais e acho que ainda sou um pouco assim, mas no meio desse caminho eu parei e respirei fundo. Percebi que algo estava errado e esse algo era eu.

Carrego dentro de mim esse desejo de querer controlar tudo a minha volta, de fazer tudo em sua perfeita ordem e tempo. Eu valorizo muito o tempo, valorizo todas as minhas oportunidades, minhas desvantagens, mas veja bem... O tempo eu jamais controlei, sempre o abracei. O tempo passa, é incontrolável. E o que a gente faz quando vê o tempo passando e a sensação de que estamos perdendo boa parte do que é supostamente destinado a nos fazer bem? Pois é.

Eu respirei fundo, lembra? Eu percebi tudo isso. Eu percebi que sou uma controladora de merda e que a partir disso algumas coisas precisavam mudar. Mudanças deviam acontecer e vocês bem sabem que eu nunca gostei delas, pelo simples fato de que elas me tiram da minha tão amada zona de conforto.

Algo estava errado e esse algo era eu. Não mudei inteiramente, até porque acho isso uma tarefa impossível, mas digamos que deixei minha vida tomar as mudanças necessárias para se viver em paz e eu aceitei ser carregada por ela para ver tudo se encaixar, para ver as peças grudando uma nas outras. Tudo fazendo sentido.

Dizem que a vida é isso que acontece quando você acorda e se entrega. Eu ando mais leve, mais feliz. Tão feliz que eu mal posso explicar como é que tudo isso faz sentido. Sinto tal sentimento pesando em meu peito, mas não é do tipo agonizante que é capaz de matar. Não, não, esse é do tipo que faz a gente perder o fôlego por breves segundos, soltar um suspiro ou outro, ficar meio abobado e simplesmente se dar conta de que a gente está vivendo aquela coisinha que passamos boa parte do tempo evitando: O amor.

Minha vida está cercada disso, juro que sim. Talvez seja por isso que eu ando sumida, talvez seja por isso que eu não tenho encontrado palavras para escrever por aqui. Vamos lá, vocês sabem... O amor não se descreve, ele é o que é para cada um e quando acontece, toma conta das nossa vida por inteiro, nos abre portas para tanta coisa boa...

Não se preocupe comigo. Eu mesma não ando preocupada, estou ciente de todos os meus riscos por estar amando. Já senti esse peso no peito antes, já sofri quando ele começou a me sufocar, mas nunca disse que ele não vale a pena. Esse peso, esse novo peso, ele não me sufoca. Ele me dá forças e me deixa mais forte. Ele me mostra que não preciso levar a vida tão a sério. Ele me segura forte pelos ombros quando estou ofegante e me lembra com carinho que eu sempre posso parar e respirar fundo. 

Minha vida anda mudando, meus planos também. Coisas novas estão acontecendo e meu bem... Quero mesmo que aconteça porque eu passei muito tempo fugindo do inevitável. Se for preciso eu paro, respiro e descubro o que é que há de errado... 

2 comentários:

  1. Só passando pra dizer o quanto tô orgulhosa (como sempre).
    Te amo Liesel, e que bom que voltou a me presentear com suas palavras. ♥

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