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2.9.11

Sobre medos.

Eu não sei. Apenas senti necessidade de falar sobre isso. Medos.


Está para nascer uma criaturinha nessa vida malandra que não sinta medo de algo. Eu não irei mentir, não acredito nem um pouco quando enchem a boca e dizem: "Medo? Não sinto, não vejo, nem nunca soube o que é."


Ah, colega, você já viu sim. Já sentiu e sabe muito bem o que é.


O medo é aquela coisa que embrulha o seu estômago quando você não sabe como lidar com seus sentimentos. Medo é aquilo que você sente quando está prestes a perder alguém. Pode ser também aquele arrepio na espinha quando você vê filmes de terror, que por sinal está lotado dele.


Eu particularmente me considero uma pessoa medrosa. Sim, assumo com a cabeça erguida. 
Tenho medo de muita coisa, tenho medo até de mim. Da vida, das pessoas, dos acontecimentos e bizarramente morro de medo de palhaços. Acho até que existe um nome para esse tipo de coisa, uma coisa cientificamente comprovada. De qualquer forma, eu tenho medo, ah eu tenho sim.


Eu não sou de contar para as pessoas esse meu medo bizarro. Todos riem e acham engraçado, mas vou te dizer uma coisa: Não é. É apavorante e completamente horrorosa a sensação quando vejo um.
Não é como se eu entrasse em desespero quando vejo estampado em objetos, roupas ou sei lá o quê. Não. Não é isso. Eu tenho medo do palhaço, da pessoa vestida dele que se comporta com um amigo especial, sempre alegre, feliz e empolgado. Empolgado até demais.


Eu me forço a manter o controle, não é fácil, mas me seguro para não me desesperar. Respiro fundo quantas vezes forem precisas. Sei que a pessoa vestida talvez não tenha conhecimento dessa minha fobia, mas eu evito chegar perto. Não gosto nem de ver.


O que eu aprendi sobre meu medo? Aprendi o que todo mundo aprende. Devo enfrentá-lo, mas não possuo coragem. E isso é só o que acontece com pelo menos metade da humanidade. Somos tão medrosos, tão desmotivados. Temos aquela gigantesca palavrinha que gruda em nós como chiclete velho: "E se...". Nada.


Depois disso não vem nada além do fato de que muitos de nós nos escondemos atrás dos nossos medos e usamos eles como desculpa. Levantar, olhar na cara dele e dizer, "Ei! Eu posso com você!", é algo no mínimo difícil, mas não é impossível.


É muito fácil alguém lhe apontar o caminho te dizendo sempre que isso tudo que você sente não é nada demais. É bobagem, papo furado, coisa da sua cabeça. Mas me diz uma coisa, se é coisa da minha cabeça, por que somos tão cheios de medos? Se isso tudo é bobagem, por que carregamos tantos e sempre que tentamos superá-los, acabamos dando de cara com um muro, uma barreira?


Então, por que?


Talvez, só talvez, o medo seja aquilo que nos impede de cometermos tantos erros e ao mesmo tempo nos impede de fazer o certo. É o tipo de coisa louca, mas quer saber? É bom deixar como está. Anda funcionando assim, não é?


Com o tempo a gente descobre a resposta certa ou então viveremos com esse mistério até o fim. E saiba, colega, é preciso não ter medo, mas já que temos por que não assumir? É mais bonito, é mais digno.


Então me diz aí... qual o seu medo?


                                                                                                            - Yasmin Back

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